terça-feira, 13 de setembro de 2011

Giovanni Scorzo Nº: 14

O sacrifício
Meu nome é Telgram, vivo em uma ilha com meu dono que é fanho e um jacaré que comanda a tribo da ilha, os Sakae. O ano era 1920 aproximadamente. Conto os anos vendo os milhares de fogos de artifício no horizonte que sempre aparecem , provavelmente , no ultimo dia do Ano.
Era mais um dia normal em minha vida, até que um portal de abriu na praia e um estranho homem com uma armadura, que parecia ser do futuro, saiu de lá. Eu e meu dono fomos lá falar com ele, seu nome era Vitor e ele vinha do futuro, do ano de 2016. Assustado perguntou ‘ Por que aqui animais falam?”“. “É por causa dos rituais que fazemos aos deuses. “Sacrificamos um habitante por ano para homenageá-los e assim podemos falar e viver em paz” respondi. “E se o ritual falhasse?”. “Ninguém sabe, mas preferimos não arriscar”. Vitor nos explicou que havia chegado à ilha por usar seu poder de tele transporte demais e agora deveria esperar 3 semanas para conseguir usá-lo novamente e assim voltar para casa.Durante esse tempo ele moraria conosco.
No começo ele teve dificuldade em morar comigo e com meu dono em uma cabana simples, sem toda a tecnologia que ele está acostumado, mas ele estava começando a se acostumar. Na metade da primeira semana Vitor já conseguia deixar sua armadura de lado e a usar seus instintos naturais para caçar conosco. Porém nem tudo era sempre calmo. Certa vez quando fomo pescar a tribo Sakae nos atacou. Vencemos a batalha, mas sem entender porque nos atacaram. Essa foi só a primeira vez. Quando chegou na 2ª semana já havíamos sido atacados mais de 10 vezes sem nenhum motivo aparente. Na metade dessa 2ª semana Jack , o crocodilo gay e líder da tribo da ilha , foi nos avisar que em poucos dias o sacrifício deveria ser feito e que Telgram havia sido escolhido como oferenda aos deuses aquele ano. Meu dono gritou com o crocodilo. Vitor não entendeu o que ele disse, mas eu entendi. Ele disse que não me levariam que lutaria até morrer para me defender. Jack riu e foi embora, dizendo que voltaria assim que o prazo acabasse. Então, logo após a saída do crocodilo, preparamos a casa contra o ataque. Armadilhas, lanças e todo tipo de coisa possível para se defender estava lá. A casa estava parecendo um forte de batalha, quase um castelo feito de madeira.
O prazo acabou e viriam me buscar até o final daquele dia. Ficamos em alerta o dia inteiro, mas só nos atacaram a noite quando todos já estavam muito cansados para lutar. Meu dono foi o primeiro a ser atacado, uns 5 guerreiros pularam com as lanças em sua direção. Então corri para os fundos da casa e Vitor ficou na porta para lutar com os invasores, mas para meu azar um deles já havia invadido a casa e me apagou.
Acordei no dia seguinte, o dia do sacrifício, amarrado em uma mesa de pedra e vi todos da tribo em volta de mim. O que realmente me preocupou foi Jack segurando uma faca de ouro a poucos centímetros de mim. Ao levantá-la todos se calaram e ele falou que eu seria sacrificado por entrar em contato com o viajante do futuro. Enquanto ele falava vi Vitor em uma árvore planejando como entraria lá. “Chegou a hora amigos e Adeus Pato “. Na mesma hora Vitor saltou no meio do ritual, e lutou contra vários guerreiros, porém eram muitos e ele acabou capturado. Ri e revelei a ele que tudo aquilo na verdade havia sido preparados meses antes da sua chegada, pois os Deuses me disseram que o sacrificado deste ano viria do futuro algumas semanas antes do grande dia. Assim que acabei de falar ele foi colocado na mesa de pedra,
onde eu estava. Então comecei o ritual dizendo palavras em latim e oferecendo a faca para Vitor. Nesse mesmo instante o espírito do ritual, que chamávamos de Foxcan, possuiu o corpo dele e por mais que tentasse lutar o espírito era muito forte. Mas enquanto lutava contra o espírito ele se lembrou de seu capacete, que poderia ajudá-lo a lutar contra o espírito. Soltando uma das mãos apertou um botão que fez o espírito sair de seu corpo e assim deixando-o retomar o controle de seu corpo.
Uma alta trovoada foi ouvida e começou a chover, o ritual havia falhado e agora todos nós pagaríamos. Vitor fugia desesperadamente e logo corri atrás dele. Enquanto o perseguia vi que a ilha estava se desfazendo, provavelmente o castigo divino por estragar o ritual. Lancei bombas em sua direção, mas não estava adiantando muita coisa. Corremos e corremos até que chegamos à praia, o fim da linha para ele. “Não há mais para onde correr” disse eu. ”Eu sei” respondeu ele. Após isso abriu um portal, igual ao que veio, e foi embora. Furioso pensei em explodir, mas vi que primeiro deveria escapar daquela ilha que estava se desfazendo. Nadei até outra ilha próxima de lá. Minha casa desapareceu e nunca mais vi Vitor, mas juro que se o ver de novo farei pagar por tudo que fez.

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