segunda-feira, 2 de maio de 2011

Thaissa F.

                                            VIVIAN
       Um sorriso inocente, uma brincadeira de criança, amigos para se divertir a tarde toda, Vivian teve uma maravilhosa infância, em São Paulo, a cidade que nasceu. Teve uma adolescência cheia de novidades e emoções amava música, ir ao shopping, navegar na internet, conversar com os amigos, era uma garota muito feliz, até que aconteceu um acidente.
      Há três anos, Vivian estava andando pelas ruas do centro da cidade, caminhava distraída, observando os edifícios a sua volta. Então seu celular tocou, e ela atendeu, era sua melhor amiga, então começaram a conversar sobre vários assuntos. Continuo andando até chegar numa faixa para atravessar uma avenida muito movimentada. Ainda falando no celular, esperou que o sinal ficasse verde. Quando isso aconteceu iniciou sua caminhada para chegar ao outro lado, e no instante que estava no meio da avenida, um carro passou em alta velocidade, mesmo estando vermelho para ele. Ela não teve tempo de se desviar, pois estava distraída com o celular.
     Alguns meses depois, o médico disse à ela, que seu esforço todo esse tempo na fisioterapia, ajudou muito, mas não iria fazer com que ela conseguisse andar. Seus pais e amigos apoiaram-a e muito, mas tudo mudara.
     Assim que teve alta voltou para o terceiro ano, mas não se conformava com o que tinha acontecido. Alta, magra, pele morena do sol e cabelos pretos que passa um pouco dos ombros. Sua paixão é o vôlei e estudar, pois gosta muito de aprender. Se pedisse para alguma de suas amigas descreve-la, diria, feliz, sincera, animada, extrovertida e divertida, mas agora um pouco triste. Porém tinha algo diferente em Vivian não era só sua infelicidade por causa do acidente, era algo que ela não sabia se podia ser verdade ou imaginação
    Pois bem, ela teve a confirmação quando andava pelas ruas, e percebeu que conseguia ouvir o som de um carro que estava quilômetros de distancia. Sentir o cheiro do açougue, que ficava longe dali, e ver com tanta nitidez, que podia enxergar a cor dos olhos de um individuo que estava no décimo segundo andar. Foi procurar um médico. Então ele disse, que era possível que o seu celebro tivesse desenvolvido mais a parte dos sentidos, pois a parte dos movimentos já não funcionava normalmente.
    Muito surpresa e um pouco assustada, contou ao seus pais, que só acreditaram quando ela provou. Ocorreu o mesmo com seus amigos mais próximos. Assim não sabia se ficava feliz por ter sofrido esse acidente e ter ganho desenvolvimento dos sentidos, ou se ficava triste por estar numa cadeira de rodas.



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