segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Gabriel Stabile Nº:12


Nunca decepcione um crocodilo apaixonado

Quá! É, eu sou um pato. E por incrível que pareça sou um pato mágico. Ou o pato-bomba, se preferir. Além de falar, eu ainda posso explodir se alguém me deixar nervoso e posso tele transportar-me. Mas essa história não é minha. É de um grande super-herói, Daniel Travers.
Tudo começou quando meu dono resolveu me vender. Precisava de dinheiro para comprar bebida. Ele me levou para uma feira de animais, onde por sorte, um cara queria um pato:
-“Ão inte eãis” – Disse meu dono. Ah! Esqueci de falar que ele era fanho.
-O quê? – disse Daniel.
-“Ão inte eãis”!
-Não cai pra trás?
-São vinte reais! – eu gritei. Daniel e o fanhoso ficaram atônitos. Eu nunca falara antes.
Dani me comprou e nós começamos a conversar e a se conhecer.
Ele me contou de sua vida, de como tinha descoberto seus poderes de super-força e super-velocidade.
Ele estava me mostrando algumas fotos. Uma delas era muito antiga. De 1920. Ele explicou que era em uma ilha na Oceania e que seu sonho era visitar aquele lugar.
Nós dois começamos a brilhar. Dizendo seu desejo, ele ativara meu poder de tele transporte. Aparecemos em um pântano. Dani ficou desesperado para voltar para casa, mas eu contei que só poderíamos ir depois de cinco dias, quando meus poderes voltariam. Percebemos que um crocodilo enorme nos observava. Mas ao invés de nos atacar, ele começou a conversar!
Ele contou que era um crocodilo diferente, e não gostava de carne.
Dani e eu resolvemos dormir numa vila próxima. As pessoas, com automóveis antigos e roupas diferentes, consideravam o rapaz uma pessoa estranha. Dormíamos em uma pensão qualquer, à tarde visitávamos o crocodilo e à noite conhecíamos a ilha, até que no final de quatro dias, o crocodilo assumiu que estava apaixonado por Dani. Ele disse que jogava em outro time e que o crocodilo teria que ficar longe do super-herói. O animal prometeu então que faria uma loucura.
Fomos para a pensão e eu contei que só poderíamos voltar pelo lugar de onde viemos: o pântano.
Quando fomos lá no dia seguinte, tivemos um grande susto: crocodilo conseguira dinamites com um amigo e jurava se matar.
Nossa preocupação era grande. Pela quantidade de dinamites, a vila também seria destruída. Porém, quando foi ativar as dinamites, meu dono usou a super-velocidade e segurou o crocodilo, que tentou morde-lo e ataca-lo, mas Dani era muito poderoso. Levou o crocodilo para sua família, que prometeu cuidar dele para que não cometesse loucuras.
Nos despedimos deles e voltamos para casa, onde moramos até hoje.

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