terça-feira, 23 de agosto de 2011

Thaissa F. Nº:38


                                                         A Ilha de Crush
    
     Moro na Ilha de Crush desde que nasci, pois não existe uma maneira de sair desta, já que fica muito distante de outra terra e o mar é agitado. Também tenho que dizer que somos muito excluídos do mundo á fora, por esse mesmo motivo, e por não nos comunicamos com outras pessoas, porque não temos uma meio de tecnologia que nos possibilita isto. Assim fiquei muito surpreendido quando observei uma menina que não conhecia, e me perguntei, como uma garota de cadeira de rodas, conseguiria chegar até aqui? Vivian me contou, que tinha um amigo que trabalhava com alguns elementos químicos um tanto perigosos, mas como confiava nele, aceitou ser cobaia de uma experiência. Não deu certo, pois a intenção era que Vivian tomando a mistura das substâncias,só iria parar num lugar diferente na Terra, porém mudou de localidade e de ano, pois me contou que vivia em 2011, e aqui é Julho de 1920. Assim me pediu ajuda para voltar para sua casa. Disse então, que ia fazer o possível.
     --Quêm é essa garota, meu pato?
    Respondi ao meu dono fanhoso, tudo que sabia. Pois faço tudo que meu dono manda, somos melhores amigos, e ele é minha única família. Tenho outro amigo também, o crocodilo, que no momento ta meio isolado da sociedade, pelo preconceito, pois a pouco tempo se tornou homossexual, tento ajuda-lo mas as pessoas aqui de Crush não permitem. Zé é o fazendeiro da cidade, como se fosse o que governa a ilha, apesar de só ter 50 habitantes para se governar. Rosário, é uma galinha faladeira, não diria que somos amigos ou que nos damos bem. E o Monkey, é um macaquinho um tanto irritante, que sempre anda com uma espada dizendo que é um pirata. Não conheço todos da ilha, pois quem sem aproximar de mim eu tenho que contar o meu segredo, dessa maneira estou com medo, pois Vivian vem dormi hoje na minha casa, e eu estou me aproximando dela.    
     Os dias foram passando, e ficava o tempo todo conversando com Vivian para conseguir uma maneira para ela voltar a sua casa. Pesquisamos, pensamos, até conversamos com os moradores de Crush, mas nenhum ajudou. Um  dia desses de pesquisa, perguntei o que tinha acontecido para Vivian ficar paraplégica, me contou que foi num acidente de carro, mas o que me surpreendeu foi que tinha desenvolvimento dos sentidos. Assim achei que deveria contar o meu segredo também, falei pra ela que sou um pato bomba, depois de seu espanto, disse, que quando fico nervoso, triste ou com raiva a bomba dentro de mim começa uma contagem regressiva, para em seguida explodir. O motivo pelo qual a possuo, é que quando era mais jovem, estava nadando pelas redondezas da ilha e avistei varias bombas e com medo sai nadando o mais rápido que pude, no entanto acabei engolindo água e uma pequena bomba, desde então sou assim. Depois de conta tudo ficou bem.
     Num dia qualquer, depois de passar a manhã pensando num jeito de Vivian voltar para sua casa, Rosário chegou toda estabanada na minha cozinha, não dei atenção mas a minha atitude mudou quando começou a falar que o crocodilo Ferps tinha falecido. Foi um espanto para todos principalmente para meu amigo gay, já que o amava. Então perguntei como tinha acontecido isto. Respondeu que não sabia, apenas tinha visto quando estavam tirando o corpo dele da água. E que este tinha marcas horríveis pelo corpo todo..
     Ninguém se preocupou muito. Ajudei meu amigo crocodilo a superar o acontecido, e enquanto a ilha se acalmava, continuei minhas pesquisas para Vivian, que por sinal já estou chegando em uma conclusão. Porém enquanto olhávamos outro por do sol, Rosário e dessa vez Monkey chegaram e disseram que Zé  estava  morto, o fazendeiro estava morto. Perguntei se tinham mais detalhes sobre a situação. Então o macaquinho disse que dessa vez não encontraram o corpo, apenas viram a casa com algumas marcas de sangue, e com os comentários dos vizinhos foi fácil entender o que tinha acontecido.
     -- O que acontece? Essa ilha tinha só 50 habitantes e morrem 2 pessoas em dias seguidos. Precisamos investigar. Falei, muito preocupado. Depois a galinha continuo, falando que era um absurdo e que os moradores da ilha estavam fugindo para o ponto mais alto da ilha com medo e terror, e que a culpa só podia ser de uma pessoa, assim apontou para Vivian que estava ao meu lado. Antes que os olhares se voltasse para ela eu a defendi, dizendo, que era um loucura, pois tinha apenas 18 anos , tinha vindo do futu...Porém Vivian interrompeu a minha fala:
     ----Corram! Eu posso ouvir, alguém esta vindo pra cá com uma velocidade anormal. Todos correram.
     Fomos para as montanhas da ilha, ali era um lugar seguro.  Por um momento fiquei perplexo, será que Vivian é a culpada? Ela parece tão boazinha, apesar, que talvez esteja mentindo, talvez possa ter outros poderes alem do desenvolvimento dos sentidos. Quem sabe? Ou será que a galinha fez isso só pra desviar a atenção? Ou o crocodilo... Não, ele não, o conheço bem, será então, que é alguém que não conheço? Preciso investigar!!!
     Ainda preso nos meus pensamentos, achei que seria perigoso andar sozinho, então chamei o crocodilo e Vivian, pois não queria que meu dono se machucasse, e a Rosário achou muito perigoso andar com a paraplégica. Não conhecia ninguém mais que fosse confiável a essa altura então, fomos os três procurar algo. Depois de uma hora, não tivemos sucesso. Vivian, no entanto disse para voltarmos correndo pois sentiu um cheiro de sangue. A vitima era Rosário. O corpo estava ensanguentado no ponto mais alto da montanha Assim não podia ser Vivian ou o homossexual os culpados. De acordo com alguns, os que estavam perto da galinha instantes antes, era o hipopótamo, o Monkey, e meu dono. Descartei as duas possibilidades, pois o hipopótamo só dorme e não machuca nem uma mosca, já meu dono, oras é meu dono. Porém, sobre o macaquinho fiquei na duvida.
     O clima era de preocupação, difícil, ninguém confiava mais em ninguém. Todos estavam tão preocupados que alguns já estavam próximo da loucura. No outro dia foi a vez do Monkey. O pequeno mamífero irritante já não estava mais entre nós. Foi achado o seu resto perto do mar, onde as ondas batiam ferozmente. E cada assassinato o outro acontecia em menos tempo. Então Vivian pensou em uma ideia. Nós dois podíamos atrair o assassino, se é que ele queria matar agente, num lugar com uma ampla visão, assim ela conseguira ver ele a uma distancia, que possibilitaria um tempo para fugir, assim com o desenvolvimento dos sentidos de Vivian saberíamos quem é o assassino.  Ficamos horas e horas parados no meio das montanhas esperando, que o assassino aparecesse. Não ocorrendo isso, concluí que ele não queria matar agente. Estava voltando para o ponto mais alto, quando Vivian começou a agir estranho. Perguntei se estava sentido o cheiro de sangue. Como ela não respondeu, me apressei.
     -- Nâoooo!!! gritei o mais forte que pude. Senti como se fosse a minha morte. Meu dono, Meu amigo, minha família. As lagrimas escorriam, a tristeza era muito. Sem pensar saio correndo. Vivian tentou me alcançar, mais eu já tinha um plano, eu podia suportar algumas mortes dos meus vizinho, podia suportar toda a situação ruim de preocupação e medo que predominava na ilha, mas a morte de meu dono não, essa eu não conseguia. Então com bastante raiva e tristeza a bomba dentro de mim foi acionada, e a contagem dos 5 minutos começou. Vivian conseguiu chegar perto de mim e disse apavorada que não podia me matar. Mas de repente parou de falar, ficou em silêncio, então eu olhei para ela, estava pálida, assustada, perguntei então o que tinha acontecido. Cochichando respondeu que podia ouvir uma criatura grande se aproximando rapidamente, seu cheiro era de sangue e. A interrompi falando que se fosse uma armadilha para me desconcentrar e não me suicidar, não ia funcionar, e caso fosse verdade não ligava, para mim a única coisa realmente importante agora era ir para junto do meu dono pelo caminho da morte. 3 minutos marcava a contagem regressiva da bomba quando nós vimos um homem talvez, armadura preta , com os olhos da cor do sangue. Era.. era... era Zé !!! Como Zé !!!   
     --Mas, como ? Você não morreu? Perguntou Vivian. Então o homem com armadura respondeu que tinha fingido que morreu, e ninguém percebeu. Então olhei para Vivian e entendi, foram achados todos os corpos, Ferps, Rosário, Monkey, meu dono menos do fazendeiro. Continuando ele falou que ia matar todos moradores de Crush. Vivian perguntou por que faria isso, se era o maior fazendeiro da ilha.
     --Eu sou, pois passei minha infância toda sozinho, ninguém queria falar comigo. Era o mais pobre, o mais feio e o mais excluído, agora que sou forte o bastante que injetei substância maravilhosas, desconhecidas de todas, tenho todos os poderes, sou o mais forte, e todos me temem. Então o fazendeiro começou a voar.
     --E você seu pato idiota, matei seu dono fanho com tanta facilidade. E ele fugiu dizendo que  voltava depois, precisava matar o crocodilo primeiro. Já se tinha passado quatro minutos e meio pelo que eu havia contado, assim sabia que só falta 30 segundos  para minha morte. Estava mais confuso e mais triste...Vivian, com lagrimas nos olhos disse as coisas certas na hora certa:
      --Se é assim que você quer me despeço então agradecendo sua amizade por todos esses dias, mas saiba que vai morrer por nada, acha que seu dono estaria feliz com sua atitude, pois ao envés de tentar fazer justiça impedindo a morte de todos da ilha, impedindo que o ser que matou seu amigo sai feliz na situação, vai se matar, ainda por cima sabendo que fracassou.
        5...4...3...2  Rapidamente pensei em uma coisa feliz e fiquei calmo para que a bomba parasse, assim a bomba não explodiu. Então mais certo do que fazer agora, agradeci Vivian. Ela disse que se eu quisesse pegar o fazendeiro e salvar a vida do meu amigo crocodilo precisaríamos correr.
     Com a ajuda dos sentidos apurados de Vivian logo descobrimos onde Zé estava, assim chegamos no ponto mais alto da ilha, fui atras dele e joguei um pedra o distraindo enquanto minha amiga pegou a espada do Monkey e matou-o, Vivian matou o o Zé,  Depois disso eu e ela fomos na casa de Zé, e encontramos algumas substâncias, e junto com as pesquisas que tinha feito descobri uma formula para Vivian, então ela me deu adeus e tomou-a. Não sei se conseguiu chegar na sua casa, mas sei que vivo feliz na ilha de Crush, junto com o crocodilo, e sempre lembro da minha amiga que salvo minha vida.

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